Three Cute Cherries

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Conheça 9 tipos de arroz para colocar no prato

Assim como o sal e o açúcar, o arroz é um alimento muito presente na mesa dos brasileiros e também de outras culturas ao redor do mundo. Aqui no Brasil o arroz mais comum é o agulha ou arroz branco, mas além deste existem também outros tipos de arroz com diferentes texturas e sabores, alguns até específicos para determinados tipos de pratos e culinárias. Esta reportagem do site Minha Vida, explica quais são os 9 tipos de arroz mais comuns e quais são as suas diferenças e benefícios.

Arroz Polido ou agulha

Esse é o arroz mais comum, também chamado de arroz branco ou tradicional. Como tem sua “casca” retirada durante o seu processo de fabricação – por isso recebe o nome de polido – não é um dos tipos de arroz mais nutritivos. O seu ponto forte é ser o mais barato, mais fácil de encontrar e o que tem maior funcionalidade, podendo ser usado para fazer uma lista grande receitas. Além disso, o arroz polido é que demora menos tempo para ficar pronto. A proporção de água deve ser de duas xícaras de água para cada uma de arroz, para que ele fique macio sem ficar com o aspecto “papa” ou grudento.
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Arroz integral

Por não passar pelo processo normal de industrialização, o arroz integral mantém a camada externa do grão, conservando as suas principais qualidades e contém três vezes mais fibras do que o industrializado, cinco vezes mais vitaminas e quatro vezes mais magnésio. “Além de ter vitaminas A, B1, B2, B6, B12 e minerais, é rico em fibras, que ajudam a manter o intestino regulado”, diz a nutricionista. O integral pode ser encontrado com facilidade, mas o seu preço é maior que a versão tradicional.
Na hora de preparar um prato com arroz integral, é importante lembrar que ele demora mais para ficar pronto e precisa de mais água para ficar com uma consistência boa para consumo. Deve-se usar o mesmo número de xícaras de água e de arroz e esperar pelo menos duas vezes mais tempo até tirá-lo da panela.
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Arroz parboilizado

 Esse tipo de arroz, assim como o integral, está caindo cada vez mais no gosto dos brasileiros. Ao passar por um tratamento hidrotérmico (água fervente), que consiste em cozinhar parcialmente os grãos com casca, parte das vitaminas e minerais passam da casca para o interior do arroz, aumentando o valor nutritivo e concentrando uma maior quantidade vitaminas do complexo B em cada grão. “O processo hidrotérmico enriquece a parte interna do arroz, deixando-a com valores nutritivos próximos ao arroz vendido com casca. Além disso, a temperatura superior a 58 graus usada no processo de parboilização muda a composição do amido, fazendo com que o arroz absorva ainda mais nutrientes da casca”, diz Audrey Abe. Facilmente encontrado, principalmente em lojas de produtos naturais, esse tipo de arroz segue o mesmo padrão de preparo do arroz branco, já que não tem casca.
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Arroz Cateto ou Japonês

Como o próprio nome já diz, essa variedade é a base da culinária japonesa. Com grãos curtos, curvados e um pouco transparentes, têm grande quantidade de amido e, após o preparo, tende a ficar mais macio e cremoso, se comparado com o arroz polido. Ele também pode ser encontrado com grãos que mantêm a sua casca e o gérmen, concentrando assim o seu valor nutricional. “Esse tipo de arroz também tem a sua versão “integral”, que conserva maiores quantidades de vitaminas do complexo B e minerais”, explica a nutricionista.
Para deixar o arroz cateto mais macio, sem que ele fique grudado, é importante deixá-lo um pouco mais de tempo cozinhando do que o arroz tradicional, seguindo o padrão de uma xícara de água para cada duas de arroz. Possui o grão mais arredondado e concentra bastante amido, conferindo consistência cremosa. Também tem uma incrível capacidade de absorver condimentos. Por isso, é o mais indicado para preparações de risotos. “Como não possui casca e não passa por nenhum processo que conserve seus nutrientes, o arroz arbóreo tem o mesmo valor nutricional do arroz tradicional”, diz Audrey Abe. Ele pode ser encontrado em redes de supermercados normais, e o seu modo de preparo é o mesmo do arroz tradicional.
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Arroz arbóreo

Possui o grão mais arredondado e concentra bastante amido, conferindo consistência cremosa. Também tem uma incrível capacidade de absorver condimentos. Por isso, é o mais indicado para preparações de risotos. “Como não possui casca e não passa por nenhum processo que conserve seus nutrientes, o arroz arbóreo tem o mesmo valor nutricional do arroz tradicional”, diz Audrey Abe. Ele pode ser encontrado em redes de supermercados normais, e o seu modo de preparo é o mesmo do arroz tradicional.
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Arroz basmati ou indiano

Famoso por seu aroma adocicado de nozes, o diferencial do arroz basmati em relação ao comum é o seu gosto mais forte e a sua capacidade de reter água durante o preparo sem que os grãos fiquem grudados uns nos outros. “Os grãos deste tipo de arroz são bem mais longos e ficam ainda mais compridos quando cozidos. Mesmo que os níveis nutricionais sejam praticamente iguais aos do arroz branco, ele pode ser usado em ocasiões especiais para variar o cardápio”, diz a especialista.
O arroz indiano é mais caro que o tradicional, e só é encontrá-lo em lojas especializadas em produtos naturais ou orientais. Como já possui um gosto bastante característico, ele dispensa a adição de temperos durante o preparo.
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Arroz vermelho

O arroz vermelho é rico em monocolina, substância que pode auxiliar na redução do nível de LDL (colesterolruim) no sangue, aquele que pode causar infartos e derrames cerebrais.
Além disso, segundo a nutricionista, o extrato desse tipo de arroz pode auxiliar na circulação sanguínea, na digestão e nas funções intestinais. Apresenta também três vezes mais ferro e duas vezes mais zinco que o arroz branco. O preparo pode ser feito da mesma maneira que o arroz tradicional. Ele também é bastante acessível e pode ser encontrado em redes de supermercados.
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Arroz negro

Apesar de ainda não ser muito popular, o sabor e a cor acastanhada do arroz negro podem ser novidade por aqui, mas já é conhecido na China há milhares de anos. “Este tipo de arroz contém 20% a mais de proteínas e 30% a mais de fibras em relação ao arroz integral”, diz Audrey Abe. Quer mais? Ele tem um elevado teor de ferro, menos gordura e menor valor calórico. Análises do produto também apontaram o grande conteúdo de compostos fenólicos, substâncias antioxidantes, que combatem os radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce, doenças crônico-degenerativas, problemas cardiovasculares e até câncer.
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Arroz selvagem

Ainda pouco encontrado no Brasil, o arroz selvagem, apesar do nome, não é um arroz de verdade, mas um tipo diferente de gramínea. Os grãos são escuros (marrons e pretos) e o seu comprimento é três vezes maior que o do arroz comum, tendo em seu interior um aspecto claro e macio. “Ele é bastante usado na culinária oriental, mas como são poucos os lugares em que é produzido (Estados Unidos e Canadá), ainda é pouco conhecido no Brasil e difícil de ser encontrado fora de lojas especializadas em produtos naturais”, diz a nutricionista Audrey Abe.  As suas qualidades nutricionais também chamam a atenção, pois este grão é pobre em gorduras e rico em proteínas, a lisina (uma aminoácido benéfico ao corpo) e fibras. É também uma boa fonte de potássio, fósforo e vitaminas.
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E ai, acharam interessante? Como pode um mesmo grãozinho ter tanta variedade! Agora você já sabe quais são os tipos de arroz e como utilizá-los.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Surpresa: moradora do DF encontra larvas dentro de bombom

A analista de comunicação Paola Marcela Neves encontrou uma surpresa desagradável em um chocolate que ganhou. Ao abrir um bombom Ouro Branco, ela viu larvas saindo de dentro do produto. O caso aconteceu na última sexta-feira (09/05) no Gama (DF). Antes, ela havia comido outros bombons iguais.  
— Fiquei assustada. Sempre como deste bombom.  
Após encontrar as larvas, ela fotografou o bombom e o jogou no lixo. Segundo ela, o produto estava dentro do prazo de validade, impresso na embalagem.  

Paola afirma que havia ganhado o chocolate. Ela entrou em contato com a Lacta, fabricante do produto, pela página da empresa no Facebook. Nesta segunda-feira (12), a empresa entrou em contato com Paola para tentar recolher o bombom para análise, o que não foi possível, pois o produto havia sido jogado no lixo. Por telefone, a fabricante prometeu enviar chocolates à consumidora.  
Por meio de nota, a Mondelez Brasil, grupo ao qual a Lacta pertence, informa que lamenta situações como esta e que possui “ rigorosos controles de qualidade que garantem que os produtos saiam de nossas fábricas em perfeitas condições de comum”. A fabricante informa que “infestações como as relatadas podem ocorrer caso, nos pontos de venda, os produtos sejam armazenados ou expostos de maneira inadequada. Neste caso, existe o risco de que as embalagens sejam perfuradas por insetos, ainda que de forma imperceptível.
Fonte:  R7

Consumidora do DF encontra rato dentro de pacote de arroz

A cabeleireira Luciele Figueiredo da Silva, de 28 anos, encontrou em um pacote de arroz, da marca Brilhante, um rato morto. Segundo ela, a compra foi realizada em um supermercado de Samambaia, região administrativa do DF, no dia 13 deste mês. No mesmo dia que fez a compra, ela decidiu abrir o pacote, que estava lacrado, para colocar o arroz em uma vasilha. Quando o pacote foi aberto, a cabeleireira notou que havia algo junto ao arroz.

Quando percebeu que era um rato, a cabeleireira chamou o marido Carlos Murilo de Oliveira, 23 anos, que no mesmo instante foi ao supermercado levar o produto. No supermercado, segundo Carlos, o gerente recolheu a mercadoria e permitiu que ele escolhesse outro arroz de qualquer marca, para recompensar

Carlos deixou em casa a vasilha com o pouco de arroz que foi despejado. Ele conta que no mesmo pote ficaram pelos e fezes do rato. Depois de ir ao supermercado, Carlos procurou o Procon, onde foi orientado a entrar em contato com a vigilância sanitária ou o fórum da cidade.    

— Fui ao fórum, porém ficou faltando levar o endereço da fábrica para eles enviarem a notificação. Mas vou voltar com o endereço certo.

Procurada, a distribuidora Arrozeira Pelotas, responsável pela marca, diz que já havia visto fotos na internet mas que não recebeu qualquer tipo de notificação. O representante da empresa reiterou que o acontecimento é impossível devido aos processos de certificação de qualidade do produto, que passa por peneiras onde somente grãos conseguem ser filtrados.


Fonte: R7 - 16.05. 2014

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Procon Estadual autua oito restaurantes no Rio e descarta mais de 103kg de alimentos vencidos

O Procon Estadual, subordinado à Secretaria de Proteção e Defesa do Consumidor (Seprocon), realizou nesta terça-feira (13/05) ação de vistoria em restaurantes especializados em comidas internacionais no Rio de Janeiro. A Operação Camisa 10 faz parte das operações voltadas à Copa do Mundo idealizadas pelo órgão. Dos 14 estabelecimentos fiscalizados, oito foram autuados e podem ser multados por falta de higiene e má conservação dos produtos. No total, foram descartados pelos fiscais 103kg e 500g de alimentos impróprios para consumo.
 
Só no restaurante Otto Al Mare, localizado na Tijuca, os agentes inutilizaram quase 59kg de frutos do mar sem especificação, tais como camarão, lula, lagosta, polvo, mexilhão, siri e peixes, além de 9kg e 500g de fubá vencidos. Na cozinha e na área de estoque chamaram atenção dos fiscais a falta de limpeza adequada. O estabelecimento deve sanar esse problema dentro de 24 horas, caso contrário, será interditado.
 
A falta de higiene também foi um problema detectado pelos fiscais na cozinha do Restaurante Baghdad. O caso, porém, era mais grave: os agentes deram prazo de 15 dias para melhorar as condições do local. Ainda no Baghdad, os fiscais encontraram 1kg e 300g de pão árabe vencidos, além de 300g de quibe cru, 500g de lentilha, 500g cordeiro e 3kg de carne cozida sem especificação da data de validade.
 
No Azurra, da Barra da Tijuca, foram encontrados 11kg de produtos fora do prazo de validade, entre pastas, aliche, azeitona, gorgonzola, purê e calda de banana. O local armazenava, ainda, 5kg e 305g de lula, molhos, queijos, e macarrão sem especificação quanto ao prazo de vencimento. Já no restaurante Arab, em Copacabana, foram flagrados 2kg e 200g de molho agridoce com a etiqueta de validade rasurada e mais 7kg de alimentos impróprios para consumo, entre jabuticaba, molhos, caldas, creme de leite e chá de gengibre.
Os restaurantes que não apresentaram irregularidades foram os seguintes: Beco do Alemão, Ettore e Frateli, todos na Barra da Tijuca; duas filiais do Mr. Chan, ambas no Centro; e uma filial do China In Box, no Méier.
 
Balanço da Operação Camisa 10:
 

1 - Otto Al Mare (Rua Uruguai, 380/Tijuca): 9kg e 500g de fubá vencidos; 24 ostras, 1kg de pão caseiro, 7kg e 800g de camarão, 200g de massa de siri, 4kg de cavaca, 4kg e 300g de cavaca, polvo, lula e camarão misturados, 3kg de lagosta, 16kg de peixes, 1kg e 500g de polvo, 1kg e 500g de salmão, 7kg de mexilhão, 12kg de lula e 500g de bacon sem especificação. Cozinha e área de estoque muito sujos, sendo determinada a limpeza dentro de 24h.
2 - Azurra (Av. das Américas, 7777/Barra da Tijuca): 415g de aliche, 514g de azeitona, 565g queijo gorgonzola, 2kg de molho de tomate, 2kg e 50g de purê, 2kg e 425g de calda de banana e 3kg de pastas do couvert vencidos; 365g de lula, 500g de macarrão, 900g de alcaparras, 910g de molho pesto e 2kg e 630g de queijos sem especificação.
3 - Herr Pfeiffer (Rua Conde de Bernadote, 26/Leblon): 250g de couve flor vencidos; 200g de massa, 500g de bacon, 800g de pato cozido, 1kg de carne e 1kg de queijo sem especificação.
4 - Restaurante Arab (Av. Atlântica, 1936/Copacabana): 900g de molho de salmão, 1kg de jabuticaba e 1kg e 400g de calda de damasco vencidos; 300g de creme de leite, 700g de leite e 2kg e 700g de chá de gengibre sem especificação; 2kg e 200g de molho agridoce com etiqueta de validade rasurada.
5 - Restaurante Baghdad (Rua Bolivar, 45/Copacabana): 1kg e 300g de pão árabe vencidos; 300g de quibe cru, 500g de lentilha, 500g cordeiro e 3kg de carne cozida sem especificação. Dado um prazo de 15 dias para limpeza da cozinha, sujeito a interdição caso não seja regularizada.
6 - Al Khayam (Rua do Ouvidor, 16/Centro): 450g de linguiça vencidos.
7 - Turino (Rua Santa Sofia, 114/Tijuca): 1 barril de chope de 50 litros vencido.
8 - Restaurante Faraj (Rua Gomes Carneiro, 131/Copacabana): 1 barril de chope de 50 litros vencido.
Fonte: Procon RJ / Food News

Rótulo que mais confunde do que informa

O alerta é do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). A entidade verificou as embalagens de 22 iogurtes, bebidas lácteas e leites fermentados para avaliar se a indústria se adequou às novas normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para as Informações Nutricionais Complementares (INC) — a Resolução 54/2012 que está em vigor desde janeiro. A INC, também chamada de alegação nutricional, é a informação usada pelo fabricante para descrever no rótulo do produto o nível de determinados nutrientes ou valor energético presente em alimentos. Ela é opcional, mas é comumente usada pelos fabricantes como forma de marketing. Dos 22 produtos avaliados, 13 traziam alegação nutricional. Entre estes, dez, ou 77% do total, estavam em desacordo com as novas regras.
Em vez de trazerem alegação e esclarecimento juntos, conforme prevê a norma, usavam ao lado da INC um asterisco (*) para justificar a explicação em outra área da embalagem. Por exemplo: a alegação “light” descolada da explicação “todo iogurte desnatado é light”. O objetivo da norma ao criar essa obrigação foi justamente evitar que o consumidor seja enganado com falsas alegações. A INC é apresentada no rótulo por meio de frases como: não contém açúcares, sem gorduras trans, baixo em calorias, fonte de cálcio, alto teor de fibras e rico em ferro, sem adição de açúcares e de sal, reduzido em calorias, reduzido em açúcares, aumentado em ferro, sem colesterol e baixo teor de gordura saturada.
Nem todo produto desnatado é zero gordura
Alimentos com alegações de redução em valor energético ou de determinado nutriente podem usar a expressão “light”. De acordo com a resolução, os alimentos que tiverem esse termo na embalagem têm de oferecer, no mínimo, 25% menos quantidade de nutriente específico — como calorias, açúcar, sódio ou gordura — em comparação a um produto convencional da mesma marca ou em relação à média do mercado.
— Se esta redução não for informada ou for feita incorretamente, o consumidor corre o risco de comprar um produto light que tem redução menor que outro, o que, em casos de intolerância a algum nutriente, pode trazer problemas à saúde — alerta a nutricionista e pesquisadora do Idec Ana Paula Bortoletto.
Por isso, ressalta Ana Paula, se a alegação está no painel principal, o esclarecimento também deve estar:
— Caso não seja possível fazê-lo dentro dos padrões exigidos, com pelo menos 50% do tamanho da INC, a alegação não pode ser veiculada.
Em entrevista por e-mail, a gerente de Produtos Especiais da Anvisa, Antônia Aquino, explicou que a implementação da resolução ocorreu para melhorar o acesso do consumidor “a informações relevantes sobre o conteúdo nutricional dos alimentos”, para que possa selecionar com mais qualidade o que consome.
Para a gerente da Anvisa, as novas regras também incentivam os fabricantes a reformularem produtos, fornecendo alternativas mais saudáveis. Além disso, ela acredita que, ao estabelecer critérios claros e objetivos para o uso da INC, o trabalho de fiscalização da agência foi facilitado. Antônia não comentou, no entanto, os resultados da pesquisa.
Em nota, a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) limitou-se a dizer que “trabalha em parceria com órgãos do governo e reguladoras para que a indústria desenvolva produtos em conformidade com a legislação e que atendam às demandas dos consumidores”.
Outro problema identificado diz respeito ao uso do termo “zero gordura”, encontrado em quatro dos 22 alimentos pesquisados. Desses, dois usaram a alegação “todo leite fermentado desnatado ou iogurte desnatado é zero gordura”. Segundo a nutricionista do Idec, essa afirmação não é necessariamente verdadeira, pois, de acordo com a classificação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), um alimento desnatado pode ter até meio grama de gordura por 100g de leite.
— O leite desnatado é um alimento com baixo teor de gordura, mas não zero gordura — complementa a nutricionista do Idec.
A Anvisa aconselha, ainda, que o consumidor também consulte a tabela de informação nutricional impressa nos rótulos, onde é possível encontrar informações sobre a composição do alimento. Apesar de a INC apontar uma qualidade nutricional específica do produto, não é possível identificar somente por meio dela se o alimento é mais ou menos nutritivo do que outro. Um produto com alegação sem açúcares, por exemplo, pode conter quantidades altas de gorduras saturadas e sódio.
Regra vale para todos alimentos
A regra da Anvisa vale para todo alimento embalado produzido e vendido no país, exceto bebidas alcoólicas, especiarias, vinagres, café, erva-mate e espécies vegetais para preparo de chás. No entanto, o Idec optou por realizar a pesquisa somente com produtos lácteos por se tratar de alimentos que compõem uma dieta saudável.
Segundo Antônia, a fiscalização do cumprimento da resolução é realizada por meio de inspeções sanitárias nas indústrias e no varejo, e de Programas de Monitoramento da Anvisa, feitas pelas vigilâncias sanitárias estaduais e municipais. Se forem identificadas irregularidades, adotam-se as medidas legais para evitar riscos à saúde da população e impedir a fabricação e venda do produto até que o problema seja corrigido. Dependendo do risco envolvido e da amplitude de distribuição do produto, a agência pode suspender a venda do produto nacionalmente.
O que mudou com a nova resolução
Cálculo da INC. Anteriormente, um alimento com elevado percentual de um nutriente poderia destacar sua presença, mesmo se representasse um percentual pequeno em relação ao valor recomendado para o consumo diário. Com os critérios atuais, o cálculo é feito com base na porção do alimento a partir dos valores diários de referência, o que permite ao consumidor ter uma visão mais realista do quanto daquele nutriente está de fato consumindo.
Novas alegações (INC). Oito novas alegações foram criadas: não contém gorduras trans; fonte de ácidos graxos ômega 3; alto conteúdo de ácidos graxos ômega 3; fonte de ácidos graxos ômega 6; alto conteúdo de ácidos graxos ômega 6; fonte de ácidos graxos ômega 9; alto conteúdo de ácidos graxos ômega 9; e sem adição de sal.
Light. Pela nova regra, os alimentos que tiverem o termo “light” na embalagem têm de oferecer, no mínimo, 25% menos quantidade de nutriente específico — como calorias, açúcar, sódio ou gordura — em comparação a um produto convencional da marca ou em relação à média do mercado.
Esclarecimentos. Toda advertência ou esclarecimento exigido em função do uso de uma INC específica (light, zero etc.) deve ser declarada junto à alegação, com o mesmo tipo de letra, com pelo menos 50% do seu tamanho, de cor contrastante ao fundo do rótulo e que garanta a visibilidade e legibilidade da informação. Para leites com a alegação fonte de proteínas, por exemplo, os fabricantes são obrigados a informar ao consumidor que todo leite é em si fonte de proteína. Ou seja, que essa é uma característica inerente do alimento, independentemente da marca.
Fonte: O Globo